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sábado, 8 de outubro de 2011

A COMPETÊNCIA COMO CONDIÇÃO PARA SOBREVIVER NA POLÍTICA AREIA-BRANQUENSE

Seria antidemocrática a ausência de uma estrutura de oposição? Vejamos. Levando-se em conta que a Liberdade está no centro do conceito de Democracia, a resposta, obviamente, é não.

Dizer-se, ainda que indiretamente,  que é obrigatório existir um sistema oposicionista ou blocos de direita, esquerda e de centro para que se possa considerar um contexto como democrático é completamente incoerente e paradoxal, visto que, na Democracia, não pode haver imposições. Ninguém é obrigado a ser oposicionista e, muito menos, da situação. A escolha de ser um ou outro é livre, independente do que motivar a preferência. No mundo democrático, tudo é resultado da Liberdade.

No entanto, a livre escolha de ser e manter-se como oposição ou situação exige, indiscutivelmente, a capacidade de ser competente. Sem competência, não é possível existir na Democracia. E o reflexo disso no contexto político de Areia Branca é que, se teorias de observadores do cenário local de hoje identificam uma candidatura governista com um poder sobreposto a qualquer outra, o pragmatismo sinaliza para a oposição que, naturalmente, é preciso competência para reverter tal situação. Na Política, não há lugar para habilidades medianas.

O atual bloco situacionista já foi oposição por 18 anos e nunca esteve à mercê de sucumbir. Ao contrário, conseguiu progressivamente aumentar a sua força até que, em 1996, os tentáculos do governismo da época, até então invencíveis, não foram suficientes para evitar a derrota. Aliás, das quatro vitórias consecutivas do atual grupo da situação, duas foram contra candidaturas governistas. A primeira, como já mencionado, em 1996, e a segunda, em 2004.

Os atuais oposicionistas já tiveram duas oportunidades de voltar ao Poder em 2004 e 2007. Ainda assim, não conseguiram transformar essa posição, que observadores consideram privilegiada, numa vitória nas urnas. Na verdade, aconteceu o inverso, pois, em cada uma das duas vezes em que a oposição reassumiu o Poder, sofreu uma derrota maior. Nesses dois momentos, os polípodes tentaculares atribuídos ao governismo de então não foram suficientes para dissolver a vontade popular. É que o povo já havia feito uma avaliação da competência, dando preferência ao situacionismo de hoje. Assim, estar no Poder não é condição sine qua non para vencer. Há que ser competente. E o que parece curioso, mas que não é, e que, de fato, jamais poderia ser, é que tudo isso não se aplica apenas à esfera municipal. Como exemplo, basta que se observe o resultado das últimas eleições para o Governo do Estado no RN, quando a oposição obteve uma vitória esmagadora no primeiro turno sobre oito anos de governismo.

Mas, por que se está falando tanto em competência? Seria somente porque é sinônimo de habilidade e eficiência? Não, claro não. É muito mais que isso. Fala-se nela como a maneira mais eficiente de contrapor-se à corrupção. Note-se que o Souzismo, nesses mais de seis anos de eficiência administrativa no governo municipal de Areia Branca, nunca foi tachado de corrupto pelos órgãos fiscalizadores oficiais. E o resultado tem sido uma invencibilidade que se revela inacreditável. Nesse sentido, quando o artista Millôr Fernandes afirma que, "em nossos dias, o caminho mais curto entre a ideologia e o poder, é a corrupção”, logo nos vem à lembrança que a realidade areia-branquense nos mostra que, dentro da honestidade, há uma passagem direta ao poder: a competência.

Portanto, em nada resultará que observadores do cenário pré-eleitoral tentem colocar a culpa dos fracassos oposicionistas no contexto político atual, qualificando-o de antidemocrático. É preciso buscar novos caminhos, novas habilidades e novas estratégias para reverter esse quadro desfavorável. É preciso ser eficiente para ser oposição. E todos que quiserem sê-la e não se atentarem para tudo isso se afogarão no grande lago de competência que circunda o reino do governismo.

É isso.

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