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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

UM PASSEIO PELOS BECOS, RUAS E ESQUINAS DE CHICO DE NECO CARTEIRO




Domingo, 23 de dezembro. Estamos às portas do Natal, tempo de extrema importância para o mundo cristão. Época de confraternização, de rever os amigos e compartilhar o que há de bom na vida. Evidentemente, um bom vinho também faz parte desse contexto. É que o vinho não se resume em si mesmo; ele também é o momento. Mas, não estive por aí em nenhum restaurante, adega ou coisas do gênero; e, muito menos, em algum evento do tipo natalino. Também, não é que não tenha, dias atrás, participado das tradicionais festas deste período. Simplesmente fiz algo um pouco diferente do que habitualmente tenho feito. Visitei um novo velho amigo. Ou seria um velho amigo novo? Não importa. Um grande amigo. Foi Francisco Rodrigues da Costa, nosso Chico de Neco Carteiro, o escritor que 
“se muere por” Areia Branca, sua terra de nascimento. Não se pode negar que ele é enamorado por ela. Não é todo mundo, afinal, que se encanta somente em olhar o Ivipanim, rio que banha a cidade. “... de repente estamos na Rua da Frente. Maré cheia, linda de encher os olhos...”, é como Chico se refere a ele, o rio, na crônica “Um passeio agradável”, de sua mais recente publicação: Becos, Ruas e Esquinas.


Na chegada à casa do escritor, em Mossoró, ele me recebeu como um nobre. Não eu! Ele é quem parecia um nobre, tamanha era sua gentileza, uma mescla de cortesia e simplicidade. Até pensei que, se o Rio Grande do Norte fosse uma monarquia, Chico poderia ser chamado de Dom Francisco, do Condado de Areia Branca. Foi apenas um ligeiro pensamento, surgiu do nada, mas bem que poderia ser verdade.

Chico de Neco Carteiro
Há dois anos, quando esse filho do antigo Carteiro areia-branquense lançou seu terceiro livro, Caminhos de Recordações, comentei num artigo que sua narrativa, a escrita, lavava-nos de volta pelo tempo, fazendo-nos vivenciar, em carne e osso, tudo que ele nos contava. Pois, numa conversa descontraída, como a de domingo, percebia-se o quão é surpreendente como suas palavras, as faladas, fazem-nos sentir a mesma coisa, principalmente em certos momentos quando Chico parece transpirar saudade. Aliás, foi num minuto desses que, falando sobre as antigas barcaças e os barcaceiros de Areia Branca, o escritor se emocionou ao dizer, como também diz numa crônica com o mesmo tema, que nas suas “... veias em vez de sangue parece correr saudade...”. E houve um instante em que, eu mesmo, parecia ver-me sentado na velha Rua do Meio, entre as casas de Caboclo Lúcio e Manoel Bento. É o transcendentalismo que Francisco Rodrigues nos faz experimentar com suas histórias.

Logo ficou claro que o assunto principal seria seu novo livro. E perguntei-lhe se estava feliz com esse trabalho. Na sua timidez, Francisco Rodrigues disse que gostou muito e, buscando as palavras de Orlando Silva, grande cantor da época de sua juventude, completou, dizendo: “... mas os outros é que vão dizer se o livro é bom ou não”. Eu, particularmente, vejo em Becos, Ruas e Esquinas o mesmo encanto das obras anteriores. Melhor dizendo, Chico evoluiu em estilo. Até mesmo quando trata de temas como os velhos prostíbulos, ele não perde a leveza de sua narrativa. “... A penumbra no quarto bem arrumado. A mesinha e, sobre ela, a bacia. A jarra com água, o sabonete, a toalha. Tudo bem preparado para o asseio depois dos minutos de satisfação...”, assim o escritor descreve, na crônica Alto Louvor, um quarto dos antigos cabarés. E sobre as mulheres, as prostitutas que viviam por lá, ele diz que elas “... alegravam as noitadas do ambiente condenado pela Igreja e pela sociedade. Lugar que todos condenam e ninguém destrói...”.

Enfim, eu poderia ter ido apreciar, noutros lugares, um Carmenère, vinho aqui de perto, do Chile. Ou um Tannat uruguaio. Quem sabe um Malbec, de Mendoza, na Argentina. Ou até mesmo um espanhol, da uva Tempranillo. Ou qualquer outro. Mas inventei de fazer um passeio pelos Becos, Ruas e Esquinas de Chico de Neco Carteiro. E valeu a pena.  Afinal, como bem diz o nosso escritor, se o poeta português Fernando Pessoa não esqueceria sua Lisboa encantadora, resguardadas as devidas proporções, por que nós, aqui, haveríamos de esquecer Areia Branca?

Para o próximo encontro, levarei o vinho...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

MY PICTURE OF TOMORROW

I think that the member of my family who is most similar to me is my mother. Not only in physical appearance, but mainly in relation to my personality. Even my handwriting looks like hers. She taught me to write and read before I started going to school for the first time. We really have the same sense of humor. Our beliefs are very similar. And the way we react to any situation is almost the same.
I have learned from her the ethical values of our society and the overview of the world and life. Of course now I have my own conceptions, but the majority of them are based on what she taught me.
So from what I have told above, it is not difficult to conclude that we have a lot in common. In fact, as we are physically very similar, If I were a woman or she a man, we would be almost a copy of each other. In better words, she would be my picture of tomorrow.

terça-feira, 20 de março de 2012

FUTEBOL: MUITO ALÉM DE UMA PAIXÃO

De paixão e entretenimento, o futebol passou a ser um mecanismo de dominação ideológica, servindo de espelho para as massas, que enxergam nele uma imagem que não é o seu verdadeiro reflexo.

Não é raro que governos, países, grupos econômicos e outros se utilizem desse tipo de ferramenta para manipular o pensamento das pessoas. Na verdade, tem sido assim desde o começo dos tempos. No Império Romano, por exemplo, a lutas de gladiadores eram o ápice da política do pão e circo.

Esses aspectos históricos sugerem que o subconsciente coletivo humano tem uma necessidade de espelhamento. E os detentores do Poder estão sempre atentos para essa particularidade. Eles sabem que todo homem ou mulher que vem enfrentando uma seqüência de fracassos na vida, sendo vítima de injustiças sociais, vai esquecer-se um pouco, ou completamente, do seu drama ao ver seu time, ou seleção do seu país, ser o grande destaque nas competições internacionais de futebol. Essas pessoas convertem os sucessos de suas equipes nas vitórias que não têm obtido em suas vidas.

É, portanto, natural que o futebol tenha ultrapassado os limites do entretenimento, pois, também, é simplesmente habitual e corriqueiro que as classes dominantes se utilizem das paixões humanas para dominar o povo. Na época da Roma Antiga, o grande fenômeno eram as lutas de gladiadores. Hoje é o futebol. No futuro, aparecerão outras paixões. E assim seguirá a humanidade.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O INEVITÁVEL VALOR DA BELEZA

A beleza, como um valor social, segue com o mesmo destaque que sempre teve em toda a História. A ciência, a tecnologia, a medicina e outras áreas evoluíram enormemente nos últimos cem anos, mas algumas valias sociais, como poder, riqueza, juventude e beleza permanecem os mesmos. O que mudou foi apenas a maneira como elas se nos mostram.

Em relação à beleza, não se pode querer que, no mundo atual, as pessoas deixem de ver nos traços anatômicos perfeitos de homens e mulheres algo que as encante, pois foi assim que evoluíram as sociedades desde as belezas históricas e mitológicas de Cleópatra no Egito Antigo e de Helena de Tróia na Civilização Grega até as celebridades do cinema e da moda dos séculos XX e XXI. Vê-se que as pessoas hoje continuam admirando o belo como sempre fizeram. O que está diferente é somente o contexto em que ocorre o fenômeno.

Na Antiguidade, por exemplo, quem não se enquadrava nos ditos padrões de beleza da civilização em que estava inserido teria, simplesmente, que se adaptar à situação ou amargar-se numa vida inteira de descontentamento com o seu próprio corpo. Com a evolução científica e tecnológica atual, cada um tem a opção de buscar os meios disponíveis para adaptar-se aos modelos exigidos pela sociedade.

Portanto, se é bom ou ruim, certo ou errado haver padrões de beleza, não há exatamente como saber. O fato é que a procurar pelo belo, assim como pelo prazer e pela imortalidade, é um fenômeno psíquico e social humano que sempre existirá. E é algo inevitável que, exatamente por isso, temos que entender e adaptar-nos.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

UM TRÁGICO DESTINO À VISTA

A resistência de algumas espécies à ação predatória do Homem sobre a Natureza é o resultado da adaptação delas dentro do processo de seleção natural, descrito por Charles Darwin há mais de cem anos. Porém, as inúmeras intempéries imprevisíveis que vêm ocorrendo e que são resultantes dessa predação têm tornado a sobrevivência na Terra cada vez mais difícil.

Desde a primeira revolução industrial no século XIX, o meio ambiente tem sofrido com os efeitos degradadores do processo de desenvolvimento mundial. Tal sofrimento, no início, já se revelava progressivo, mas ainda era lento. Com o avanço tecnológico e científico do século XX, o crescimento industrial e seus impactos se converteram num mecanismo de destruição da Natureza extremamente rápido. E a capacidade de adaptação das espécies às mudanças não tem evoluído com a mesma velocidade. Falta-lhes tempo hábil para tanto. E a conseqüência disso já está à nossa vista, quando assistimos ao desaparecimento de animais e plantas e, também, aos desequilíbrios climáticos.

Além de tudo, há um fator agravante. As várias tentativas de frear o processo de destruição do meio ambiente, desde a conferência de Estocolmo em 1972 até a de Johannesburgo em 2002, todas, não têm obtido o sucesso esperado.

Assim, desse contexto, não é difícil concluir que brevemente poderemos ver intempéries se transformarem em catástrofes e desaparecimentos de espécies, em extinção globalizada. O trágico fim para onde o Planeta está sendo levado salta aos nossos olhos. E há que se fazer algo para evitá-lo ou, infelizmente, morreremos todos. Não duvidem!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

COLUNA COSTA BRANCA

A partir deste mês de janeiro, começamos a escrever a coluna Costa Branca para o jornal/revista Folha do Estado, que circula em edições mensais pelo Oeste Potiguar. O jornal, por enquanto, não é muito conhecido em Areia Branca, mas a edição de janeiro tem circulado pela cidade desde o dia 17 último e já recebeu elogios. A coluna segue o estilo de vários títulos/manchetes de textos curtos, com o intuito de não tornar a leitura cansativa. É uma síntese mensal da Região da Costa Branca, abordando os fatos que são destaque de forma clara, objetiva e independente.

É provável que a próxima edição saia até 10 de fevereiro. Enquanto isso, alguns exemplares da publicação de janeiro ainda continuam circulando pela cidade. E para quem ainda não leu, segue abaixo alguns trechos de nossa coluna. Vale a pena conferir.

BRUNO FILHO QUEBRA O SILÊNCIO

Reunião na casa de Bruno Filho
A pré-candidatura a prefeito de Bruno Filho, do PMDB, nunca foi segredo em Areia Branca. Mas, o assunto ainda não tinha sido tratado de maneira tão direta por ele, como foi nesse final de ano. No último dia 29 de dezembro, seu silêncio cessou. Bruno, que já foi prefeito duas vezes e atualmente é vice de Souza, reuniu-se, em sua residência, com os líderes dos partidos da base aliada ao governismo e colocou-se oficialmente como pré-candidato da situação. Até aí, nada de novo. O alvoroço ficou por conta da disputa pela vaga da pré-candidatura a vice. Houve corre-corre das lideranças partidárias, cada uma querendo colocar os nomes dos seus partidos à disposição. A pré-candidatura de Bruno é comentada nos quatro cantos da cidade como favorita e, portanto, é natural que todos queiram garantir lugar ao sol, formando dupla com ele.

DEFINIÇÃO DE PRÉ-CANDIDATURA A VICE

Com o desencadeamento do corre-corre para tentar sentar-se na cobiçada cadeira de pré-candidato a vice pelo lado governista, a todo instante, aparecem postulantes dizendo que estão sendo “sondados”. Nada surpreendente. Tudo faz parte do jogo de bastidores de qualquer período pré-eleitoral. A grande realidade é que muita gente vai ser procurada e questionada sobre o tema. E isso se aplica tanto aos prováveis quanto aos improváveis pré-candidatos. Em todo caso, como um processo natural, o escolhido terá que passar pelo crivo de “Souza”, líder do bloco da situação. Portanto, quem estiver achando que tem chances reais de emplacar uma pré-candidatura a vice, é bom ficar afinado com ele. E, pelo que se percebe, afagos políticos oportunistas e de última hora de nada adiantarão. Parece que o histórico de cooperação e fidelidade dentro do “Souzismo” terá um grande peso na escolha.

RETROSPECTIVA 2011 E O NOVO HOSPITAL SARAH (parte I)

Prefeito Souza
No último dia de 2011, o prefeito “Souza” fez uma retrospectiva de seu governo no seu programa na Rádio FM Costa Branca. Dentre as várias ações comentadas, a construção do novo Hospital Sarah Kubitschek teve destaque especial. É que a população espera com grande entusiasmo a inauguração do novo Sarah, prevista para maio. Há cerca de 30 anos já era evidente a necessidade de uma ampla reforma no hospital e, depois de todo esse tempo, foi preciso agora que o prefeito buscasse parcerias para construir um novo edifício com condições de abrigar uma estrutura hospitalar toda nova e em condições de atender à população, que cresceu consideravelmente nesse período.

RETROSPECTIVA 2011 E O NOVO HOSPITAL SARAH (parte II)

Numa conversa conosco logo após o programa de rádio, “Souza” se mostrou satisfeito com essa nova conquista de sua administração. “A construção do novo hospital tem sido uma bandeira que temos sustentado desde nossa primeira gestão. Agradecemos muito a Deus por ter-nos dado a chance de inaugurarmos essa importante obra ainda este ano, antes de deixarmos a administração do município”, diz o gestor.

Para ver o restante da coluna, leia o jornal Folha do Estado.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

SURPRESA !

Causou-me surpresa ver minha foto no blog Costa Branca News, sendo citado como uma das opções de pré-candidatos a vice-prefeito pelo lado governista em Areia Branca. Não fui consultado sobre o tema e, muito menos, sobre a publicação. Mas, agradeço ao presidente local do Partido Verde (PV) por haver-se lembrado de meu nome.

Vejo o fato como um procedimento natural de qualquer liderança partidária para valorizar a sua sigla e mostrar-se vivo no momento pré-eleitoral. Nada de novo nem de anormal. Todos os líderes e expoentes políticos têm feito algo semelhante durante convenções e períodos pré-campanha em vários momentos da história de Areia Branca, do Estado e do Brasil. Na verdade, um dos objetivos centrais de qualquer partido é ocupar um cargo majoritário. No âmbito nacional, o de presidente. No estadual, o de governador. E no municipal, o de prefeito. Ou de seus respectivos vices, é claro. Não há como negar isso.

No entanto, no caso específico do atual bloco governista de Areia Branca, onde há a união de um número considerável de siglas partidárias, o que torna o processo de conversação mais complexo, eu penso que os partidos que quiserem apresentar nomes como opções de pré-candidaturas majoritárias devem fazê-lo com seu expoente maior. Se, por acaso, houver grandes expressividades de peso político semelhante dentro de seus quadros, é bom que se tenha cautela. A citação somente de um nome poderá gerar um sério mal-estar.

Vereador Sandro Góis
Grande expoente do  PV
Em relação ao PV, o clima é de completa harmonia. E em minha opinião, como membro da sigla, entendo que o grande expoente dos “verdes” hoje é o vereador Sandro Góis. Conseqüentemente, a opção do partido é ele. E não estou querendo afirmar, com isso, que eu não pudesse ter aparecido como a segunda opção. O caso não é esse. Apenas penso que, para isso, seria preciso uma conversa prévia com o prefeito Souza (PP), atual líder do bloco governista, para que ele tivesse a oportunidade de apreciar a questão, visto que, em Areia Branca, o PV tem fortes ligações políticas com o PP, que detém a liderança do bloco. Mas, não foi o que ocorreu.

Para encerrar, e já tendo dado os agradecimentos pela lembrança do meu nome, tomo a liberdade de, por enquanto, seguir vivendo tranquilamente como cidadão areia-branquense comum, filiado ao Partido Verde.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

AS POSTAGENS ESTÃO DE VOLTA

Depois de cerca de 60 dias sem postagens, nosso blog volta à normalidade. Muitos afazeres diários não nos permitiram manter um ritmo de atualizações. Mas, agora conseguimos organizar o tempo e a partir desta semana, começaremos a fazer postagens, se possível, diárias. Um abraço a todos os leitores e peço que nos desculpem pelo período de inatividade do blog.

domingo, 1 de janeiro de 2012