Páginas

On line agora

Pesquisar este blog

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O PESO PESADO DO VOTO EM BRANCO EM AREIA BRANCA

* Artigo de nossa autoria publica no Blog Costa Branca News em 12 de outubro de 2010.


O resultado das Eleições 2010 no âmbito de Areia Branca nos revela, logo à primeira vista, que o percentual de votos em branco merece uma análise cuidadosa. E mais que isso, levando-se em conta que, entre candidatos a deputado federal e estadual, somente 8 nomes conseguiram superar esse tipo de manifestação do eleitor, sendo a maioria das candidaturas derrotadas pela “votação branca”, a Classe Política Local se vê obrigada a dar ao fenômeno essa atenção especial.

Para Deputado Federal, 1.201 eleitores areia-branquenses votaram em branco, quantidade inferior apenas à de Sandra Rosado, Betinho Rosado, Fábio Faria e João Maia. Para a Assembleia Legislativa, Larissa Rosado, Dr. Leonardo Nogueira, George Soares e Dibson Nasser foram os únicos a superar os 954 votos brancos em Areia Branca. Ainda, fazendo-se um exame em relação aos postulantes ao Governo do Estado e ao Senado, percebe-se também a vitória do “sufrágio branco” areia-branquense sobre a maior parte dos candidatos.

Ao invés de serem tidos unicamente como uma parcela da votação que será desconsiderada para classificar os candidatos, os votos em branco são o grito de parte do eleitorado dizendo que, no processo eleitoral, não surgiu alguém que reunisse, em si, qualidades e condições para representá-lo e simbolizar a sociedade onde está inserido. Diferentemente do voto nulo, que pode resultar do simples erro do eleitor ao tentar manipular a urna eletrônica, o “sufrágio branco” é uma manifestação objetiva e direta de que nenhum dos postulantes possui requisitos suficientes para lançar-se como uma opção eleitoral; que nenhum deles tem atributos para constitui-se como um candidato. O voto em branco é, portanto, o voto em ninguém.

Logicamente que, por essa ótica, não se pode dizer que o candidato que obteve votação inferior aos votos brancos cometeu erros de estratégia, de marketing, de escolha de cabos eleitorais, ou mesmo que tenha perdido para si mesmo, porque, pelo que representa o voto branco, esse postulante não reuniu caracteres para qualificar-se sequer como candidato. Perder a eleição para “o sufrágio branco” é, então, perder para ninguém. É ser derrotado por “um nada”.

Voltando-se outra vez para o “mundo areia-branquense”, faz-se necessário destacar que a discussão em torno do “voto em branco” assume um caráter emergencial, visto que a comparação dos números da Eleição de 2006 com a atual mostra que o percentual desse tipo de opção eleitoral aumentou em relação a todos os cargos. É um sinal de alerta aos Políticos onde o cidadão da “ilha do sal” está pedindo um melhor tratamento.

Por derradeiro, é importante, ainda, deixar claro que não se fez aqui uma análise cuidadosa da questão. Quem se vê obrigada e deve dedicar-se a dar ao problema esse tipo de cuidado especial é a Classe Política areia-branquense, que é a única diretamente afetada pelo fenômeno do “voto em ninguém”. E é bom começar logo ou, então, o peso pesado do “sufrágio branco” continuará afundando mais, e mais, candidaturas no chão encantado da Terra das Areias Brancas.

0 comentários: